“Eu tenho muito amor pelo meu trabalho”. É assim que a professora de artes Elsamar da Silva Emerique descreve a emoção de ter sido idealizadora do projeto “Cores do Açaí”, desenvolvido com alunos da rede municipal de Jacundá. A ideia do projeto é utilizar o fruto como matéria-prima para produção de verdadeiras obras de arte que retratam as cores e formas da nossa região.
O projeto existe desde 2018 e, desde então já envolveu cerca de 400 estudantes de 13 turmas do ensino fundamental. “Eu sempre fui uma admiradora da Amazônia e a própria história de Jacundá também merecia ser contada. Então, para esse projeto, eu queria que nós usássemos os elementos da natureza”, relembrou a professora, explicando que os caroços do açaí são misturados a diferentes pigmentos para se obter outras cores no processo.
Nessa trajetória, o divisor de águas foi a participação Prêmio Arte na Escola Cidadã, promovido pelo Instituto Arte na Escola (IAE). “Participamos em 2019 e concorremos com iniciativas de todos os estados brasileiros. Eram mais de 600 projetos e ganhamos o primeiro lugar na categoria fundamental 2”, conta Elsamar. Esse prêmio resultou na produção de um mini-documentário sobre o projeto que, posteriormente, foi indicado pelo IAE para participação da exposição “Versus Art Exhibit”.
A convite da Organização Mundial de Saúde, o “Cores do Açaí” vai dividir espaço com outros projetos desenvolvidos no mundo todo no Palácio das Nações, em Genebra, na Suíça. Para o prefeito Itonir Tavares, que recebeu a professora nessa terça-feira (15) no gabinete, ideias como essa são importantes e precisam ser multiplicadas no município. “Vamos trabalhar para que esse projeto e outras iniciativas de professores do município seja difundidas em toda a rede municipal. É uma forma de reconhecer a contribuição do professor com melhores práticas de ensino”, afirmou o prefeito.
O documentário sobre o projeto fica em exibição na exposição aberta ao público até o próximo dia 25 de junho.
