Ainda essa semana, Jacundá deve atingir a maca de 20 mil doses de vacina aplicadas. Isso significa que a imunização já chegou a 31% da população adulta da cidade com, no mínimo, a primeira dose da vacina. No entanto, a procura pela segunda dose, a que completa o esquema vacinal, vem preocupando a Secretaria de Saúde do município. “Temos um percentual muito alto de pessoas que receberam a primeira dose e, mesmo após o intervalo entre uma dose e outra, não voltaram aos postos para receber a segunda”, alertou a secretária Irailde Bizarrias, explicando que para o intervalo pode ser de 30 ou 90 dias, a depender da vacina.
Em números absolutos, Jacundá possui mais de 47 mil pessoas com idade acima de 18 anos. Entretanto, só 5.272 pessoas completaram o esquema vacinal, o que corresponde a apenas 11% da população adulta. “A nossa preocupação é conscientizar a população de que a imunização só é completa com a aplicação das duas doses e que essa baixa procura acabe fazendo Jacundá enfrentar uma terceira onda de contágio por outras cepas do vírus”, explicou Irailde. “Quanto mais atraso houver nessa imunização com a segunda dose, mais a cidade vai sofrer com os efeitos dessa crise”. Atualmente, Jacundá possui doses das vacinas mais utilizadas no país, a Oxford-Astrazeneca e Coronavac. As vacina da Janssen, que é de dose única, já se esgotaram e o município aguarda novos repasses.
Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Jacundá está em uma situação relativamente confortável, se comparada às demais cidades da região de Carajás. No ranking dos 20 municípios, Jacundá ocupa a 14ª posição em taxa de morte por 100 habitantes. Canaã dos Carajás está em primeiro, Parauapebas em segundo e Tucuruí em terceiro, na relação que lista os municípios com maior mortalidade pela Covid-19.