Diversas entidades e organizações envolvidas na garantia direitos e proteção de mulheres estiveram reunidas hoje (22), no encontro da Rede de Atendimento à Mulher Vítima de Violência no município. O evento foi realizado pela Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (Sepom) no auditório da Associação Comercial e Industrial de Jacundá (Acij). As secretarias de Assistência Social, Saúde, Educação, o Conselho Municipal da Condição Feminina e de representantes das Polícias Militar e Civil também estiveram presentes.
No encontro, a rede de atendimento foi apresentada à coordenadora estadual de Integração de Políticas para Mulheres, Márcia Jorge, que frisou a necessidade de um atendimento humanizado à vítima para que a denúncia seja registrada. “Denunciar não é fácil. Quando uma mulher deixa de denunciar não é porque ela gosta de apanhar, como dizem. É porque ela acha que aquilo não vai dar em nada”, avaliou. “Se hoje nós observamos um aumento nos atendimentos é porque Jacundá está avançando e as mulheres estão entendendo que o poder público tem levado a sério esses casos”, concluiu a coordenadora elogiando o fluxo de atendimento realizado no município.
Outro complicador apontado no encontro foi a condição de dependência, seja financeira ou emocional, em que a mulher se encontra no ato do registro de queixa. “Infelizmente, nós observamos isso de perto quando a mulher chega para fazer a denúncia na delegacia. Nós prendemos o agressor, mas, no dia seguinte, a vítima volta lá para retirar a queixa por diversos motivos. Ou não tem condições de se manter, ou não consegue criar os filhos sozinha, ou por pressão familiar, por exemplo”, explicou o delegado de Polícia Civil, Sérgio Máximo.
Diante de representantes da rede de atendimento do município de Goianésia, convidadas para o encontro, o prefeito Itonir Tavares antecipou que além dos cursos profissionalizantes já oferecidos para as mulheres, uma unidade de saúde será de atendimento exclusivo para elas. “Vamos inaugurar um novo hospital municipal no prédio onde funcionaria a UPA e o atual prédio do hospital será um centro de referência de atendimento em saúde da mulher. Além disso, estamos buscando junto ao governo do estado a implantação de uma delegacia da mulher em Jacundá”, garantiu Itonir. “Em uma família, quando a integridade da mulher não está bem, nada vai bem. Nós vivemos em uma sociedade em que a maior parte da população é formada por mulheres, precisamos cuidar bem desse público”, concluiu o prefeito.
